Como habitualmente, José Saramago parte de uma premissa interessante - o regresso a Portugal de Ricardo Reis, após a morte de Fernando Pessoa. A partir daí, traça um retrato do ano de 1936, focado no avanço do fascismo em Portugal e Espanha. Soberbamente escrito, num tom depressivo concordante com os acontecimentos narrados, e sempre extremamente fiel à caracterização de Ricardo Reis como o terá imaginado Pessoa.
Ricardo Reis é o heterónimo de Pessoa cuja poesia sempre me disse menos; a propósito desta leitura voltei a ler várias das suas odes, mas não mudei de opinião, continuo a preferir Pessoa ortónimo, a depressão apaixonada de Álvaro de Campos e o bucolismo de Alberto Caeiro.
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