terça-feira, janeiro 06, 2009
Eneida, de Virgílio
Há bastante tempo que procurava uma boa tradução da Eneida, e fiquei com mais vontade ainda depois de ler as traduções de Frederico Lourenço da Ilíada e da Odisseia. Encontrei finalmente uma tradução de Agostinho da Silva, num volume que inclui as Geórgicas e as Bucólicas (que ainda não li). Gostei muito; é um tipo de linguagem muito diferente, mais erudita e mais difícil, mas parece-me muito bom, na medida em que posso apreciar, já que nada sei de latim nem seria capaz de ler o original. Mas o tom e a linguagem evocam o género de epopeia como Os Lusíadas, denso e arcaico, adequado aos mitos de que fala. Desde a infância que a mitologia greco-romana me fascinou, e é bom poder continuar a descobri-la passados todos estes anos. É destes clássicos que descende a nossa literatura e cultura europeias, e como um verdadeiro clássico, não perde actualidade nem interesse com o tempo.
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