Mais um excelente livro para nos fazer compreender melhor os mecanismos do sucesso da ideologia neoliberal, e para nos lembrar que a economia não é independente da política e vive-versa. A tese de Naomi Klein, extremamente bem documentada (em alguns pontos até demasiado exaustivamente), é assustadoramente simples, e óbvia quando considerada. Acho que este livro devia ser leitura obrigatória para todos os neoliberais e capitalistas "de café", os tontos que acreditam e defendem as ideias habilmente propagandeadas pelos seguidores de Milton Friedman e que tanto sucesso têm gozado nas últimas décadas, com os belos resultados que se têm visto. Mas a política, e a economia, como tudo o resto, também são de modas. De certa forma, a recente crise financeira foi uma boa coisa, ao deitar um balde de água fria sobre os entusiasmos desreguladores - de que sem dúvida algumas pessoas beneficiam, mas não a maioria - e talvez se ponha um travão à orgia neoliberal. E talvez o facto do Nobel deste ano ter sido dado a um crítico dessa ideologia também seja um bom sinal. Quem sabe? Talvez vejamos em tempo útil a reabilitação das actualmente tão vilipendiadas ideias de Keynes e as pessoas reconheçam que afinal as ideias do Estado-providência que criaram tanto bem-estar na Europa são dignas de ser defendidas.
domingo, outubro 26, 2008
The Shock Doctrine, de Naomi Klein
Mais um excelente livro para nos fazer compreender melhor os mecanismos do sucesso da ideologia neoliberal, e para nos lembrar que a economia não é independente da política e vive-versa. A tese de Naomi Klein, extremamente bem documentada (em alguns pontos até demasiado exaustivamente), é assustadoramente simples, e óbvia quando considerada. Acho que este livro devia ser leitura obrigatória para todos os neoliberais e capitalistas "de café", os tontos que acreditam e defendem as ideias habilmente propagandeadas pelos seguidores de Milton Friedman e que tanto sucesso têm gozado nas últimas décadas, com os belos resultados que se têm visto. Mas a política, e a economia, como tudo o resto, também são de modas. De certa forma, a recente crise financeira foi uma boa coisa, ao deitar um balde de água fria sobre os entusiasmos desreguladores - de que sem dúvida algumas pessoas beneficiam, mas não a maioria - e talvez se ponha um travão à orgia neoliberal. E talvez o facto do Nobel deste ano ter sido dado a um crítico dessa ideologia também seja um bom sinal. Quem sabe? Talvez vejamos em tempo útil a reabilitação das actualmente tão vilipendiadas ideias de Keynes e as pessoas reconheçam que afinal as ideias do Estado-providência que criaram tanto bem-estar na Europa são dignas de ser defendidas.
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