segunda-feira, agosto 25, 2008

Psicopatias/Sociopatias...

Em The Happiness Hypothesis, de Jonathan Haidt, deparei a certa altura com esta definição de psicopata: "A maioria dos psicopatas não são violentos (embora a maioria dos assassinos e violadores em série sejam psicopatas). São pessoas, na maioria homens, que não têm sentimentos morais, sistemas de integração, nem preocupação pelos outros. Porque não sentem vergonha, inibições ou culpa, é-lhes fácil manipular os outros para obterem dinheiro, sexo e confiança." Pois é. O que é arrepiante é quando reconhecemos nesta descrição alguém que nos é querido, que com o crescimento vai deixando de ser um encantador mesmo que um tanto cansativo Abdallah ou Calvin para se tornar um déspota amoral cada vez mais insuportável. Quando damos por isso, parece que toda a nossa vida está infiltrada e minada, que perdemos o controle e passámos a viver em função de uma relação desgastante e frustrante. Como dizia o imperador Augusto em relação às duas Júlias, sua filha e neta, e ao seu neto Póstumo Agripa, que eram os seus três cancros. Ele nada sabia da biologia do cancro, mas acertou em cheio - um mal consumptivo, que toma conta do organismo e se alimenta dele destruindo-o.

Sem comentários: