terça-feira, novembro 20, 2007
Happiness in D(N)umbness
I'm not like them
But I can pretend
The sun is gone
But I have a light
The day is done
But I'm having fun
I think I'm dumb
or maybe just happy
Think I'm just happy
My heart is broke
But I have some glue
help me inhale
And mend it with you
We'll float around
And hang out on clouds
Then we'll come down
And I have a hangover...Have a hangover
Skin the sun
Fall asleep
Wish away
The soul is cheap
Lesson learned
Wish me luck
Soothe the burn
Wake me up
Kurt Cobain
quinta-feira, novembro 01, 2007
A Argonáutica, de Apolónio de Rodes
É uma pena que a Argonáutica ainda não tenha sido traduzida com a qualidade das traduções de Frederico Lourenço da Ilíada e da Odisseia. Li a versão publicada na Europa-América, que além de ser uma tradução sem grande qualidade literária está pessimamente revista, cheia de gralhas. Mas a história é fabulosa, com os heróis da geração anterior à Guerra de Tróia (muitos são os pais das personagens da Ilíada), uma viagem repleta de aventuras e episódios memoráveis, como os da ilha de Lemnos, de Fineu e as Harpias, do desespero de Héracles pela perda do seu rapaz, do deserto da Líbia, das várias intervenções dos deuses, e com a extraordinariamente vívida figura de Medeia, cujo realismo ofusca todos os outros intervenientes - tornada ainda mais fascinante porque sabemos o que lhe sucedeu depois, a história de Pélias e o abandono por Jasão. Enfim, talvez alguém pegue nesta obra e seja traduzida como merece, quem sabe o próprio Frederico Lourenço, ou outro, pois certamente há outros tradutores de grego de qualidade.
Dr. Mabuse
Vi recentemente Dr. Mabuse der Spieler e Das Testament des Dr. Mabuse - ambos muito bons, com excelente ambiente e um vilão maquiavélico e inquietante. Depois de ver Spione e M, além do magnífico Metropolis, vou admirando cada vez mais a genialidade de Fritz Lang - de facto, os seus filmes eram verdadeiramente vanguardistas, tanto nos temas como na realização; de certa forma a maior parte dos grandes géneros do cinema das décadas seguintes já lá estavam, e consegue o feito não desprezível de ser ver com agrado e empolgamento 80 anos depois. E demonstra como para se ser um génio do cinema não é necessário ser chato.
Prospero's Cell, de Lawrence Durrell
Depois de The Corfu Trilogy, li a evocação de Corfu pelo Durrell "original", o escritor, que figura de forma caricata no livro de Gerald. Apesar de um estilo completamente diferente, a nostalgia e o afecto pela ilha são muito semelhantes. Durrell escreve sempre bem, sabe ser poético e irónico, e transmite sempre um entusiasmo pela vida que é uma das características da sua escrita que sempre mais me atraiu. Gostei mais de Bitter Lemons of Cyprus, sobre outra ilha e outro tempo, menos inocente e idílico, mas que me tocou mais, mas apreciei bastante Prospero's Cell - e já tenho outro livrinho de Lawrence Durrell sobre as ilhas gregas na calha.
London Calling
Que bem me sabe ouvir London Calling, dos Clash, que comprei há dias na Fnac, aproveitando estar em nice price (tal como mais alguns cds). Sobretudo porque a energia que transmitem se veio somar à do projecto de voltar em breve a Londres; e como só a ideia de quebrar a rotina - que tem sido verdadeiramente pesada - é revigorante! Sim, London Calling, literalmente!
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