domingo, fevereiro 21, 2010
A Single Man, de Tom Ford
Um excelente filme, com uma boa história e muito bem realizado e interpretado. Por vezes é um pouco sentimental em demasia, acentuado pela banda sonora e os efeitos de cor, mas no geral transmite uma sensação de tristeza imensa sem pieguices. Esteticamente é belíssimo, com uma fotografia magnífica e guarda-roupa por vezes um pouco bonito de mais. Colin Firth está excelente, e o filme vive muito da sua interpretação; Julianne Moore óptima como sempre, e Matthew Goode muito bom.
Dois Livros de João Ubaldo Ribeiro
Recentemente, a propósito das minha próximas férias na praia perto de S. Salvador da Bahia, ofereceram-me dois livros de João Ubaldo Ribeiro, to get in the local mood, e já que de autores baianos só conheço o Jorge Amado.
O Albatroz Azul foi o primeiro que li. É interessante, bem disposto, uma história engraçada e bem escrita, na escola de um sentido de humor pícaro muito frequente nos autores sul-americanos.
A Casa dos Budas Ditosos é engraçado como uma variação sobre a luxúria, uma celebração das alegrias do sexo, mais uma vez bem humorada e que se lê rapidamente. Em suma, Ubaldo Ribeiro parece-me um autor leve e agrdável, mas não me toca por aí além.
O Albatroz Azul foi o primeiro que li. É interessante, bem disposto, uma história engraçada e bem escrita, na escola de um sentido de humor pícaro muito frequente nos autores sul-americanos.
A Casa dos Budas Ditosos é engraçado como uma variação sobre a luxúria, uma celebração das alegrias do sexo, mais uma vez bem humorada e que se lê rapidamente. Em suma, Ubaldo Ribeiro parece-me um autor leve e agrdável, mas não me toca por aí além.
sexta-feira, fevereiro 12, 2010
The Spider's House, de Paul Bowles
Já não me lembro como me chegou às mãos O Céu Que Nos Protege, de Paul Bowles, há já muitos anos, mas lembro-me de que gostei imenso desse livro; da história, mas sobretudo do tom, do ritmo, do ambiente admiravelmente transmitido pelo autor. Li desde então vários livros de Bowles, e é sempre bom descobrir mais um.
The Spider's House não é o melhor, mas é muito bom. Mais uma vez passado em Marrocos, onde Bowles viveu grande parte da sua vida e que está presente na maior parte dos seus escritos, o livro foca a época da luta pela independência, em 1955. Crítico em relação aos Franceses e aos Nacionalistas marroquinos, narrado através das perspectivas de um rapaz marroquino de Fez e de um escritor americano desencantado, o livro reflecte um amor incondicional pela cultura tradicional de Marrocos e simultaneamente critica essa atitude de admiração "estética" por parte dos ocidentais - It did not really matter whether they worshipped Allah or carburetors - they were lost in any case. In the end, it was his own preferences which concerned him. He would have liked to prolong the status quo because the décor that went with it suited his personal taste. Como esta frase se aplica hoje em dia a tantas opiniões "politicamente correctas", que traduzem uma certa atitude ocidental de condescendência face ao chamado Terceiro Mundo!
Igualmente actual, explicando de forma simples e concisa muito do terrorismo islâmico, é a frase: He understood why they were willing to risk dying in order to derail a train or burn a cinema or blow up a post office. It was not independence they wanted, it was a satisfaction much more immediate than that: the pleasure of seeing others undergo the humiliation of suffering and dying, and the knowledge they had at least the small amount of power necessary to bring about that humiliation.
quarta-feira, fevereiro 10, 2010
Regresso a Madrid - fim-de-semana em família
Dois meses depois de ter conhecido a cidade, voltei com os meus filhos para a conhecerem - é perto, de modo que dá para ir num fim-de-semana em tempo de trabalho e de aulas. Esteve um tempo óptimo - sol e não muito frio. Andámos imenso, e foi um prazer juntar a vertente cultural - o Prado, o Museu Thyssen, a arquitectura - e a lúdica - a gastronomia, o Mercado d San Miguel, El Rastro, as compras e os disparates. Eles gostaram muito, e eu também. Quando eram pequenos, fizemos muitas curtas viagen por Portugal, ficando em casas e turismo rural, desde o vale do Douro a Odeceixe. O ano passado começámos a versão internacional em Londres, com muito sucesso.
Próximo destino: Paris!
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