Gosto do Outono. Gosto das folhas secas a cair e espalhadas pelo chão, do cheiro da terra molhada depois das primeiras chuvas. Mas sobretudo gosto do regresso do frio, das manhãs límpidas e húmidas em que uma neblina suave cobre o rio, revelando ao desvanecer-se um azul limpo e claro. Lisboa tem uma luz espectacular, seja de manhãzinha ou ao fim da tarde, quando as casas e as igrejas ficam douradas por uma luz quente e avermelhada. É um verdadeiro repouso para os sentidos, depois da luz forte e do calor opressivo do Verão. Não que este Verão tenha sido muito quente, foi felizmente misericordiosamente benigno. Que me perdoem os frustrados adeptos da praia e do calor, mas o frio sabe-me muito melhor.
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