quinta-feira, agosto 28, 2008
...
I've been swimming in a sea of anarchy
I've been living on coffee and nicotine
Sheryl Crow
Got a wife and kids in Baltimore Jack
I went out for a ride and I never went back
Like a river that don't know where it's flowin'
I took a wrong turn and I just kept goin'
Bruce Springsteen
Como às vezes gostava de fazer o mesmo...
terça-feira, agosto 26, 2008
Résumé, de Dorothy Parker
Edvard Munch, ou como a arte reflecte as nossas emoções
O que distingue a verdadeira arte, a meu ver, é a capacidade de exprimir as nossas emoções de uma forma completa, de nos fazer pensar "é exactamente assim que me sinto", seja na literatura, na música ou na pintura. E ultimamente, é a pintura de Munch que exprime como me sinto. Mas como gostaria antes que fosse a de Klee!
segunda-feira, agosto 25, 2008
Psicopatias/Sociopatias...
Em The Happiness Hypothesis, de Jonathan Haidt, deparei a certa altura com esta definição de psicopata: "A maioria dos psicopatas não são violentos (embora a maioria dos assassinos e violadores em série sejam psicopatas). São pessoas, na maioria homens, que não têm sentimentos morais, sistemas de integração, nem preocupação pelos outros. Porque não sentem vergonha, inibições ou culpa, é-lhes fácil manipular os outros para obterem dinheiro, sexo e confiança." Pois é. O que é arrepiante é quando reconhecemos nesta descrição alguém que nos é querido, que com o crescimento vai deixando de ser um encantador mesmo que um tanto cansativo Abdallah ou Calvin para se tornar um déspota amoral cada vez mais insuportável. Quando damos por isso, parece que toda a nossa vida está infiltrada e minada, que perdemos o controle e passámos a viver em função de uma relação desgastante e frustrante. Como dizia o imperador Augusto em relação às duas Júlias, sua filha e neta, e ao seu neto Póstumo Agripa, que eram os seus três cancros. Ele nada sabia da biologia do cancro, mas acertou em cheio - um mal consumptivo, que toma conta do organismo e se alimenta dele destruindo-o.
domingo, agosto 03, 2008
Free World - A América, a Europa e o Futuro do Ocidente, de Timothy Garton Ash
Soube-me imensamente bem ler este livro. Por um lado, está bem escrito, bem estruturado e bem documentado; já conhecia Timothy Garton Ash pelas suas crónicas do Guardian e consegue perfeitamente escrever um livro de mais de 200 páginas que se lê com agrado. Por outro lado, não só é lúcido e analisa desempoeiradamente as características e os principais problemas actuais do Ocidente, como, o que é extremamente bem vindo e refrescante, sobretudo quando estamos habituados aos oráculos da desgraça que são habitualmente os comentadores políticos (e os portugueses em particular), tem uma postura optimista. Sim, é certo que por vezes, sobretudo no final, soa demasiado optimista ou mesmo um pouco lírico, mas é fundamental que alguém de vez em quando diga claramente que nunca na história do Mundo, e do Ocidente em particular, nunca houve um período em que tanta gente vivesse tão bem, e que se existem problemas, como certamente sempre existirão, existe também a capacidade de os enfrentar e nunca estivemos mais preparados nem com mais capacidade de intervenção do que agora.
Subscrevo inteiramente a divisa de Romain Rolland que o autor cita num dos capítulos finais, quanto à atitude que defende: "pessimismo do intelecto, optimismo da vontade". É assim que acho que nos devemos conduzir - realistas, com a capacidade de ver as coisas como elas são, mas sem assumir a pose de arautos da desgraça ou do desinteresse, e contribuirmos na medida das nossas possibilidades e talentos para que as coisas corram bem, ou seja, mantermo-nos interessados, informados e com espírito cívico.
(Timothy Garton Ash, na sequência da publicação deste livro, criou o site FreeWorldWeb, dedicado a esta temática, para quem esteja interessado fica o link)
Subscrevo inteiramente a divisa de Romain Rolland que o autor cita num dos capítulos finais, quanto à atitude que defende: "pessimismo do intelecto, optimismo da vontade". É assim que acho que nos devemos conduzir - realistas, com a capacidade de ver as coisas como elas são, mas sem assumir a pose de arautos da desgraça ou do desinteresse, e contribuirmos na medida das nossas possibilidades e talentos para que as coisas corram bem, ou seja, mantermo-nos interessados, informados e com espírito cívico.
(Timothy Garton Ash, na sequência da publicação deste livro, criou o site FreeWorldWeb, dedicado a esta temática, para quem esteja interessado fica o link)