domingo, setembro 09, 2007

Spione, de Fritz Lang


Apesar de datar de 1928, este filme vê-se com o mesmo agrado que se tivesse sido produzido agora, mesmo sendo mudo e durando mais de 3 horas. É um excelente filme de acção, muito bem realizado, com uma série de sequências que certamente influenciaram os filmes de Alfred Hitchcock. Mais uma vez constato a actualidade dos clássicos do cinema mudo e de Fritz Lang (de quem um outro filme mudo, mais antigo, Die Spinnen, vi com igual praze, um verdadeiro antepassado dos filmes de Indiana Jones). É curioso como nos bons filmes mudos não se sente a falta dos diálogos, engenhosamente substituídos pelas imagens e pela mímica exagerada dos actores, que tem precisamente essa função.

Lamento, no entanto, que a Cinemateca tenha deixado de passar acompanhamento musical, que fazia parte dos filmes mudos originalmente. O primeiro filme mudo que lá vi, há cerca de 2 anos, Greed, de Von Stroheim, era acompanhado ao piano, ao vivo, mas decerto seria mais barato e comportável uma banda sonora gravada, como no caso de Sunrise, de Murnau, que vi no Nimas, ou de vários que vi em dvd. Senti especialmente a falta da música em Nosferatu, de Murnau, por exemplo. Mas de qualquer forma é uma sorte conseguir ver estes velhos clássicos que tanto acrescentam ao conhecimento e apreciação do bom cinema.

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