domingo, abril 01, 2007

Samarcanda, de Amin Maalouf


Não é o livro de Amin Maalouf de que gostei mais, mas é mesmo assim uma leitura agradável. Lê-se como um conto das Mil e Uma Noites, com encontros amorosos em pavilhões com belas raparigas veladas, portas ocultas, intrigas palacianas, princesas persas, poesia, vizires ambiciosos. E sobretudo é uma exaltação da tolerância, encarnada em Omar Khayyam, personalidade admirável sob todos os pontos de vista, e também um retrato do Oriente e dos seus problemas endémicos. Amin Maalouf tem uma escrita leve e agradável, como noutros livros (As Cruzadas Vistas pelos Árabes, que foi o primeiro dele que li, Leão o Africano ou Origens; o que gostei menos foi O Rochedo de Tanios, que curiosamente foi o premiado com o Goncourt, mas também de Ian McEwan o livro que menos aprecio é Amsterdão, premiado com o Booker).

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