Mais um lirvinho de Frederico Lourenço, que retoma a evocação auto-biográfica começada em
Amar Não Acaba. Trata-se aqui do relato de um primeiro amor, violento e marcante, que transformou a vida do narrador / autor. Mais uma vez, Frederico Lourenço escreve muito bem, e fala da homossexualidade da forma natural e desempoeirada a que nos habituou e que é um dos seus melhores talentos. Acho que se compraz um pouco excessivamente na admiração / fascínio pela aristocracia, o que faz pensar que esse fascínio não desapareceu inteiramente com a imaturidade da juventude, que o justificava, mas enfim, ninguém é perfeito, e o snobismo é um direito como qualquer outro.
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