Estive em Estocolmo e no arquipélago das Lofoten recentemente. Como gosto de ler, uma das coisas que faço quando vou a um país novo é procurar livros de autores desse país, sobretudo quando conheço poucos, como é o caso da literatura escandinava - conheço Karen Blixen, Hans Christian Andersen e Peter Hoeg da Dinamarca, Selma Lagerlof e Strindberg da Suécia e Ibsen da Noruega. De modo que em Estocolmo, entre os conselhos de um conhecido sueco, de um empregado de livraria (que nunca tinha lido nada de Stieg Larsson, esse produtor de best-sellers suecos de quem eu também nada li, e a minha intuição, comprei uns poucos de livros de autores suecos, dos quais acabei de ler o primeiro - Blackwater, de Kerstin Ekman.
Gostei bastante. Um thriller inteligente e sensível, um ambiente sombrio, passado numa zona do norte da Suécia, no círculo Árctico, o que me tocou mais por ter lá estado, e que me lembrou em certos aspectos o livro Smilla's Sense of Snow, de Peter Hoeg; menos científico, mas com uma percepção da transitoriedade da nossa existência (humana) em relação à Natureza que me diz muito.
Espero apreciar igualmente os outros livros que comprei! (seis ao todo)
terça-feira, junho 23, 2009
domingo, junho 21, 2009
Calor
Estava eu tão bem em Estocolmo, com os seus deliciosos 15ºC (OK, os dias de chuva eram dispensáveis), depois dos já um pouco excessivos 4ºC de mínima no Árctico (mas mesmo assim agradavelmente rvivificantes), e fui catapultado para os horrendos 35ºC de Lisboa... Nunca gostei do calor excessivo, e com a idade tenho-me tornado cada vez mais intolerante - tudo o que ultrapasse os 25ºC é demais para mim. E, apesar dessa maravilhosa invenção que é o ar condicionado - no carro, em casa, nos cafés, lojas e centros comerciais, é insuficiente, porque é preciso sair de casa para nos deslocarmos entre esses sítios... Os minutos até o ar condicionado arrefecer o carro - que deve estar a mais de 40ºC quando se entra - são um inferno. Aqui fica o meu lamento do costume: "Nunca mais acaba o Verão!". Eu devia mesmo era viver na Escandinávia.
O Jogador, de Fiódor Dostoievski
Reli O Jogador, e já não me lembrava que era tão bom. Mais pequeno que a maioria dos livros de Dostoievski, é no entanto igualmente fortíssimo, com descrições apaixonantes do estado de espírito dos jogadores compulsivos (que o próprio Dostoievski também era). A narrativa é como sempre tempestuosa, com momentos de humor e cenas de uma crueldade invulgar, que fazem lembrar o Caldwell da Estrada do Tabaco (um dos livros mais cruéis que me lembro de ter lido).